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Embrapa leva tecnologias inovadoras ao Show Rural

A Embrapa participa no Show Rural Coopavel 2021, de 22 a 26 de março de 2021, com uma programação on-line voltada para a divulgação de tecnologias e a interação com o público. As informações poderão ser acessadas na página especial, elaborada especialmente para o evento. Além da demonstração de tecnologias, 12 unidades da Embrapa estarão apresentando produtos, processos e serviços para produção de frutas, hortaliças, grãos, carne, energia e fibras, assim como tecnologias para manejo e avaliação de solos, produção de mudas e inovações que incorporem tecnologias 4.0 no campo.

A participação da Embrapa no Show Rural contará ainda com a realização de lives temáticas, que serão exibidas pelo canal da Embrapa no Youtube. A programação completa poderá ser acompanhada na página especial. A Embrapa, em parceria com a Fundação Meridional, apresenta as cultivares de soja BRS 523, BRS 539 e BRS 1054IPRO. Todas elas possuem sementes no mercado, disponibilizadas por meio de parceiros comerciais.

BRS 523 – A BRS 523 é uma cultivar convencional que possui maior tolerância ao complexo de percevejos, por ter as características da Tecnologia Block®. “Além desse diferencial, é altamente produtiva quando comparada às melhores opções de mercado e bastante estável, o que confere segurança de produção em diferentes situações. Inclusive, foi validada no sistema orgânico, com excelentes resultados”, explica o pesquisador Marcos Rafael Petek, da Embrapa Soja. Esta cultivar pertence ao grupo de maturidade 5.8, sendo assim uma opção para os produtores que precisam de uma cultivar precoce em seu sistema de produção. É indicada para o Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

BRS 539 – Outra novidade desta safra é a BRS 539, cultivar convencional, que possui resistência à ferrugem asiática e tolerância ao percevejo. “É importante destacar que esta cultivar é do portifólio da tecnologia Shield de proteção à ferrugem e da Block®. Ainda se destaca por seu alto potencial produtivo e manutenção de estabilidade de produção”, ressalta Petek.

Esta cultivar pertence ao grupo de maturidade 6.1, classificada como precoce e permite semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar na macrorregião sojícola 2 ( Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e viabiliza a sucessão/rotação de culturas na macrorregião 1 (Paraná, Santa Catarina e São Paulo).

BRS 1054 IPRO – Com relação à BRS 1054 IPRO, que apresenta características genéticas para tolerância ao glifosato e controle de algumas espécies de lagartas, ainda é altamente produtiva comparada com as outras opções de mercado em altitudes acima de 700 m. “Eu destacaria ainda duas características: a estabilidade de produção com precocidade (grupo de maturidade 5.4) além de permitir o plantio antecipado, mantendo o potencial produtivo e maximizando o sistema de sucessão/rotação de culturas”, bem como facilita o manejo da ferrugem da soja, enfatiza Petek.

A BRS 1054IPRO é indicada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com relação à sanidade, apresenta resistência ao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã”, à podridão radicular de Phytophthora e ao mosaico comum da soja e é moderadamente resistente ao oídio e à podridão parda da haste.
Lebna Landgraf (MTb 2903/PR)
Embrapa Soja

Contatos para a imprensa
soja.imprensa@embrapa.br
Telefone: 43- 3371-6061

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Instituições brasileiras firmam acordo para monitorar desmatamentos na Amazônia

CNMP, CNJ e Inpe assinam acordo para a troca de tecnologias e experiências para detectar e monitorar desmatamentos na Amazônia Legal

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) assinaram nesta terça-feira, 9 de março, protocolo de intenções que visa à disponibilização de tecnologias e de experiências para o monitoramento e detecção de desmatamentos na Amazônia Legal.

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“O documento tem por finalidade formalizar a conjugação de esforços entre as instituições signatárias para o compartilhamento de dados e iniciativas em favor da proteção ambiental”, destacou o presidente do CNMP, Augusto Aras, ao abrir a solenidade de assinatura do termo, durante a 3ª Sessão Ordinária de 2021.

O conselheiro Luciano Nunes Maia Freire, presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do CNMP, explicou que o protocolo de intenções firmado é o início de um trabalho conjunto para a criação de uma plataforma que permitirá o acesso facilitado a informações relevantes sobre o uso da terra no Brasil. “O diferencial dessa plataforma é que ela integrará diversos dados, como alertas de desmatamentos, queimadas, dados do cadastro ambiental rural, entre outros, que atualmente existem de forma pulverizada em sistemas públicos, e apresentará em formato claro, objetivo e sintetizado”, afirmou.

Autoridades na assinatura do acordo
Já o secretário-geral do CNJ, Valter Shuenquener, destacou a relevância da integração entre os diversos atores que atuam na área. “Somente com uma atuação colaborativa e coordenada entre os diversos órgãos e instituições das esferas públicas e privadas, lograremos êxito no propósito de aperfeiçoar a tutela do meio ambiente”, ressaltou. “As instituições caminham a passos largos para convergir tecnologias, tanto preventivas como repressivas”, complementou o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Marcus Lírio Gomes.

O coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas do Inpe, Claudio Almeida, ressaltou a relevância do protocolo firmado para o aperfeiçoamento do trabalho realizado. “Um dos maiores problemas do Brasil é sensação de impunidade. Esse acordo de cooperação vem a contribuir fortemente para reduzir essa sensação de impunidade, ao facilitar o trabalho dos procuradores, colocando a informação disponível de maneira bastante organizada”, afirmou.

Protocolo
Conforme estipula o protocolo de intenções, as instituições têm interesse em realizar, de forma coordenada e em comum acordo, a utilização das geotecnologias desenvolvidas pelo Inpe, em especial a plataforma TerraMA2, e o compartilhamento de dados geoespaciais dos projetos Prodes, Deter e Queimadas.

Além disso, o protocolo visa, futuramente, por meio de acordos específicos, expandir o sistema Satélites Alerta, instalado no Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP/MT) para outros estados.
Entre outros pontos, as instituições se comprometem a conjugar esforços com o objetivo de complementar experiências nas áreas de interesse comum, sem prejuízo de suas ações individuais e independentes.

A assinatura do protocolo levou em consideração, entre outras questões, a criação do Observatório do Meio Ambiente do Poder Judiciário, lançado, em novembro do ano passado, pelo CNJ. Esse Observatório consiste em espaço destinado ao estudo, monitoramento, pesquisa, programas, projetos e ações para a construção de diagnósticos das boas práticas, formulação de políticas e implementação de projetos e iniciativas para a tutela do meio ambiente natural da Amazônia Legal por meio da atuação do Poder Judiciário e do Sistema de Justiça.

Assinatura
Pelo CNMP, assinaram o protocolo, que terá vigência de 24 meses, o presidente, Augusto Aras; o secretário-geral, Jayme de Cassio Miranda; e o conselheiro e presidente da Comissão do Meio Ambiente, Luciano Nunes Maia Freire.

Pelo CNJ, assinaram o secretário-geral, Valter Shuenquener, e o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica, Marcus Gomes.

Pelo Inpe, os assinantes foram o diretor, Clezio Nardin, e o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas, Claudio Almeida.

Com informações e imagens da Secretaria de Comunicação Social do Conselho Nacional do Ministério Público

Por MundoGEO

Pesquisadores testam o uso de drones para fazer inventário florestal

A catalogação de florestas é importante, entre outras coisas, para compreender sua biodiversidade, acompanhar a saúde das árvores e monitorar o desenvolvimento da mata

O Brasil tem 4,9 milhões de quilômetros quadrados (km2) de florestas, área maior do que a dos países que compõem a União Europeia. Monitorar a extensão desses biomas e compreender a riqueza contida neles foi, por muito tempo, tarefa para satélites distantes da mata ou para profissionais mergulhados nela. Nos últimos anos, uma nova tecnologia passou a contribuir para essa missão: os veículos aéreos não tripulados (vants), também conhecidos como aeronaves remotamente pilotadas ou, mais popularmente, drones.

Essas máquinas voadoras têm sido usadas para diversas finalidades, entre elas a identificação de focos de desmatamento, a fiscalização da exploração madeireira, o cálculo do volume de toras retiradas de uma área qualquer, a prevenção de incêndios e, principalmente, a realização de inventários florestais, trabalho que consiste em coletar dados sobre as espécies vegetais existentes em determinado território.

“Tecnologias para imageamento de espécies de árvores e outras plantas e aferição do volume de vegetação, entre elas radares laser [lidar, de light detection and ranging ou detecção de luz e medida de distância] e sensores infravermelhos, já existem há algum tempo. A inovação é ter esses sistemas embarcados em um drone, que pode voar perto do topo das florestas e pairar no ar”, explica o físico Marco Aurélio Nalon, pesquisador do Instituto Florestal (IF) de São Paulo. “Como esses aparelhos são equipados com GPS, é possível fazer uma programação prévia de voo e geolocalizar cada árvore fotografada.”

Coordenador do Inventário florestal do estado de São Paulo, Nalon vem testando o uso de drones em parceria com o Instituto de Botânica, também do governo paulista, que tem adquirido esses equipamentos para a realização de levantamentos florestais. A catalogação de florestas é importante, entre outras coisas, para compreender sua biodiversidade, acompanhar a saúde das árvores e monitorar o desenvolvimento da mata – tarefas que se mostram cada vez mais necessárias em um cenário em que o desmatamento da Amazônia aumentou quase 10% só no último ano e foi 70% maior do que a média na última década. Conhecer e preservar a cobertura florestal também é fundamental para o equilíbrio ecológico do planeta. Além de estocar carbono e reter o calor da radiação solar – fundamentais no controle do efeito estufa –, as florestas ajudam a regular o clima global influenciando os níveis de umidade atmosférica e evitando variações extremas de temperatura.

O método tradicional de mapeamento com imagens de satélite traça os limites geográficos de uma floresta, mas não fornece detalhes que permitam identificar espécies nem dados relativos ao estado de conservação e ao potencial produtivo de determinadas árvores. E coletar dados em solo, desbravando a mata com uma equipe numerosa para observar e catalogar espécies, é um trabalho lento, cansativo e muitas vezes limitado pela densidade da floresta. Nesses casos, o procedimento-padrão é rastrear um perímetro reduzido e extrapolar os resultados para uma área maior, gerando uma estimativa para toda a floresta. “Com o levantamento humano, feito no chão, é muito difícil traçar uma fotografia fiel da distribuição das espécies”, ressalta o pesquisador do IF.

A vantagem dos drones é poder fazer a tarefa dos satélites voando próximo da copa das árvores. No futuro, espera-se que também realizem o trabalho humano, percorrendo o interior das matas com rapidez. Em ambos os casos, o detalhamento de imagens e o volume de informações obtidas são superiores aos demais métodos e custam menos.

Por MundoGEO